domingo, 23 de novembro de 2014

A Nossa Criança Interior

A Criança Interior mora dentro de mim, de ti, de cada um de nós



Quem não quer se sentir livre, voar com as borboletas, estar desapegado das obrigações, das tarefas e deveres; simplesmente livres? Mas somos adultos e sofremos com a vida, com o trabalho, com a família, com filhos, com pais, com tanta coisa que nem é possível enumerar-las. Mas porque essa pressão, porque não viver livre, de ser livre como uma criança. Ah como seria bom ser criança para sempre já diz muito dos adultos e tem aqueles que vivem como crianças sem assumir responsabilidades, são indisciplinados, criam situações intermináveis com sua família, no trabalho e em todas as áreas de sua vida. Esses adultos estão tristes, desconectados com sua criança interior. Sim, com a criança interior que vive dentro de cada um de nós.

Todas as pessoas adultas tem uma criança interior no seu ser. Esta criança é que mantém de certa forma, a inocência, a pureza da Alma. “A inocência é a capacidade para viver, inteiramente, o instante, sem fazer intervir o mental ou qualquer projeção do que quer que seja". Aïvanhov
Entretanto, na maioria das pessoas a criança interior encontra-se sofrida. Ela grita pela cura, pela atenção, pela proteção, por paz, por pacificação do ser, por Unidade, pela Inteireza do Ser.
Quando esta criança interior esta curada a vida passa refletir Luz por meio de abundancia, do sucesso, da leveza e da beleza toda a Luz que Somos.
Quando a cura da criança interior acontece o ser adulto maduro e alegre surge e passa a comandar sua vida solucionando os impasses do dia a dia de forma harmônica e correta,  deixa de viver nos dramas da vida que a criança interior cria para chamar atenção sobre sua dor.
A criança interior traz esta dor por milhares de motivos, cada pessoa tem o seu ou os seus motivos, cada qual sabe quais são. Às vezes esta dor foi acometida no ventre ou em qualquer outro momento das faces de crescimento. Vem nos traumas sofridos pela alma que se desalinhou da Luz.
Esta dor que mantém a criança interior sofrendo nasce dos padrões mentais que a sociedade impõe com seus sistemas de sobrevivência diretamente a cada um de nós, em nossos pais, professores, parentes e que nos levam acreditar em valores e crenças equivocados e assim viver num sistema de controle de massas.
Esta dor que mantém a criança interior sofrendo cria sistemas repetitivos de falência financeira, cria sistemas repetitivos de doenças físicas, cria sistemas repetitivos de decadência como vícios a bebidas alcoólicas, ao fumo, drogas, fofocas, discussões, casos amorosos que acabam com sofrimentos, dores e separações, e em todos os casos a criança interior sempre coloca a pessoa em situações de vitimas ou dominadoras dos processos.

Curar a criança interior é o primeiro e único passo para que haja o realinhamento a Luz e assim conduzir a vida a vivenciar de forma harmônica e conectada a abundancia cósmica que é um direito nato de todos os filhos de Deus.

Como acontece esta cura? A cura acontece sempre que você escolher se curar.
A cada dia comece a prestar a atenção na sua rotina e nas justificativas e sentimentos que existe em cada situação e em cada ação e em cada reação sua. Observe. Refleti sobre você e evita pensar como a outra pessoa reagiu. Para curar a criança interior você precisa aceitá-la, identificar padrões mentais e tratar cada deles do jeito adulto do ser, com maturidade, consciência e acima de tudo, com muito amor, gratidão e gentileza por si mesmo.
Para isso é necessário Despertar-se, Empoderar-se, Conhecer-se e a cada passo alinhando sua Vontade com a Luz haverá a cura completa da criança interior, do adulto, da família, do planeta todo e você estará pronto...

Estamos aqui para Guia-los neste momento de transição, transformação, transmutação


Axé de Paz e Luz!

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O inverno esta chegando ao fim ...



Nos próximos meses a estação Primavera, onde tudo floresce, expande suas energias para viver o ciclo da renovação. 
A vida esta em plena metamorfose.

Para se ter um lindo jardim florido na primavera é necessário tratar a terra, podar as plantas e semear no outono.
Para que a vida floresça, renascer a cada ciclo é preciso semear pensamentos positivos, energias benéficas, tratar os problemas que surgem no dia a dia como um jardineiro que conhece os ciclos da vida e possui toda a sabedoria da terra, das folhas, das flores e sabe muito bem retirar as ervas daninha, porque quando elas se alastram consume com a beleza, com tudo de maravilhoso que existe.
É necessário amadurecer para que a sabedoria desabroche dentro de cada um de nós.

É a grande metamorfose. A natureza nos ensina por meio da lagarta que se transforma na bela borboleta e cada uma com sua peculiaridade magnífica e diferente que somos seres com uma beleza Divina e diferentes, mas que o processo de transformação é único e necessário para o despertar.

Para viver um ciclo significativo é interessante fazer pequenas magias para auxiliar o desabrochar. Esta magia é para fazer antes que finda o inverno.
Primeiro, organize tudo, mas tudo mesmo, nem que algumas coisas sejam simbolicamente.
Abre as gavetas, armários e arquivos, desfaz de todo o peso morto, doa as roupas que sabidamente não utilizas, joga fora os papéis inúteis.
Organiza tudo.
Vive pela Vontade e esta vontade precisa de constante planejamento para ser executadas com maestria e destreza.
Aproveite este momento. Gaste todo o tempo do mundo no planejamento e na organização de tudo, isso te aproximará de tal maneira do momento concreto que quando acontecer será algo natural, como respirar.
É necessário organizar tudo, mesmo que simbolicamente. Muitas vezes não se sabe o que precisa ser organizado, mas se limpar as gavetas e os armários da mente, o inconsciente reconhecerá espontaneamente o poder da ordem e, logo mais, o consciente reconhecerá com clareza o que é realmente importante e que precisa ser organizado com meticulosidade.



Esta magia vai fazer uma grande alquimia na sua vida. 
Vai trazer Alegria, Beleza e Sincronicidade como parte do novo ciclo integrando no novo Ser que desperta.

Axé de Paz e Luz!




domingo, 17 de agosto de 2014

Velas aos Orixás ... É fogo

Saravá irmãs e irmãos de fé e de caminhada evolutiva,

Para qualquer trabalho de magia, a utilização dos quatros elementos é obrigatória com o intuito de criar um ambiente em equilibro energético, para invocar as energias necessárias à alquimia a fim de atender a intenção daquele momento.
O elemento água – Um copo ou uma taça com água, uma fonte, um aquário;
O elemento terra – flores, uma pedra, um cristal, uma cerâmica;
O elemento ar – incenso queimando, um sino, uma pena;
O elemento fogo – chama de uma vela ou lamparina.
Todos esses elementos têm um potencial infinito em seu poder individual ou em combinação com outro, tudo dependendo da intenção que é depositada na hora da magia.
Tudo isso é muito fácil identificar, por um leigo ou um adepto, quando observa um altar.

O templo de Umbanda, seja qual a ritualística praticada, também utiliza todos os elementos.
Tudo é muito lindo e fascinante para aquele adepto que quer aprender e praticar de forma plena.


Quando ascendemos velas aos nossos orixás estamos canalizando as energias necessárias para que aconteça uma linda alquimia gerando proteção, poder, esperança e mantendo nossa fé segura.
Temos varias ritualística e em momentos sublimes na vida de santo que ascendemos velas. Amo muito estes momentos que nos dedicamos a canalizar e a conectar com o mais divino do nosso ser.

Contarei duas histórias verídicas sobre estas maravilhas divinas e da magia que existe nos templos.

Num dia, fui alertada pelos seres mágicos, que tinha energias em desequilíbrio no elemento ar.  Alguém entende bem disso? ...  Chamei o grupo presente naquele momento e contei acrescentando que o elemento ar é fumaça e que todos deviam prestar atenção, pois os antigos anciãos já diziam: onde há fumaça há fogo.
Terminamos todos os trabalhos proposto para aquele dia, verificamos se não havia mais velas acessas e fechamos o templo  indo cada um para seus afazeres pessoais inclusive eu que moro na sede da instituição saí e fui ao supermercado. Quando voltei senti um cheiro danado de fumaça e lembrei-me do “recadinho”.  Corri para dentro do terreiro e uma fumaça começava a tomar conta do ambiente, peguei o EXTINTOR e corri no quarto de santo e ali começará um principio de incêndio que consegui apagar devido ao curso de prevenção e ao extintor que sempre mantenho o cuidado de verificar se esta totalmente carregado.
 Graças a Deus, as divindades e aos guias nada de importante e sagrado foi afetado. Sério, Iemanjá derramou suas águas ali, naquele espaço.
No outro dia quando todos vieram para outras atividades programadas verifiquei quem tinha sido o responsável por ter acesso uma vela no quarto de santo e, por incrível que pareça tinha sido uma criança que observando como fazíamos as oferendas e orações por meio das velas acessas, entrou no quarto de santo e avistou uma linda vela decorativa e não pestanejou, ascendeu para o orixá dela.  Nós, no dia anterior, não tínhamos verificado aquele ambiente antes de fechar o terreiro por que não haveria motivos de alguém ascender uma vela ali naquele especifico dia e de uma forma ou outra desviamos a atenção do “aviso” que tínhamos recebido.
...
Em nossa casa tem uma senhorinha que vive entrando no altar, que sempre esta cheio de velas acessa para anjos de guarda ou para pagar promessas ou qualquer outro motivo; esta senhorinha, uma ialorixá, sempre encontra motivos para entrar o altar e ela e todas nós, usamos saia comprida ou saia com anáguas. É um perigo iminente este ato.  De tempo em tempo ela esta com uma saia queimada e nós correndo para apagar ou segurar as saias a fim de nenhuma mal ocorrer. Vivemos olhando e cuidando dela, afinal ela tem quase 80 anos e tem o jeito dela e nós devemos cuidar dela e dessas peripécias.
Qualquer uma de nós, mulheres, pode acontecer de incendiar nossas anáguas e nos queimar.
Antigamente as anáguas eram de tecido de algodão, menos inflamável que hoje, que são puramente de filo – nylon inflamável, com calças legues grudentas no nosso corpo, longe daqueles calções de tecidos largos que era bem fáceis de sair ou ser rasgados se necessário fosse.
Imagina você passando por uma vela no ponto de segurança e um vento bate levantando a chama e uma faísca voa em sua saia linda, 100% sintética e inflamável  ... Imagina se no templo não existir  nenhum extintor para apagar o fogo ou se tiver, encontrar-se sem o produto para abafar o fogo. Você ficará toda queimada e provavelmente no hospital.

É uma coisa horrível uma pessoa queimada. Você já viu uma? Eu já vi. A dor é insana e permanente e o cheiro de carne queimada é insuportável.

Porque toda essa história? E o que se tem haver com tudo isso?
Simples, tenho verificado que a maioria dos templos não está se preparando para situações como esta INCÊNDIO. Sim, incêndio.

Você acha que eu estou exagerando? Faça uma leve pesquisa. Quantos templos têm extintores?  Quantas pessoas entraram na emergência dos hospitais com queimaduras graves com situações que ocorreram dentro dos templos e quantas já se queimaram e para não constranger a casa ou por “amor” ao pai ou mãe de santo não dizem a verdade e tentam se curar sozinhas ficando com varias sequelas?

Irmãs e irmãos de fé, realmente precisamos ter consciência das necessidades básicas de um templo que é para o nosso beneficio e conforto e de todas as pessoas que frequentam o terreiro.
Quando uma casa de santo vai ser legalizada, a primeira providencia é ter o alvará do Corpo de Bombeiros e todo mundo (diretoria e sacerdotes) consideram uma chatice as exigências da Incorporação contra Incêndios, mas veja, o incêndio é muito pior e quando uma pessoa sai total ou parcialmente queimada muito pior ainda.
Você que se importa com o local sagrado que você utiliza para canalizar suas preces e vida sagrada, comece este movimento interno. Converse com seus irmãos de santo e se organizem, vá e compre um extintor. Na real é dois: um de espuma outro de água. Eles funcionam na hora que mais precisamos e o Corpo de Bombeiro ensina a utilizar.

Vamos evoluir.
Vamos nos cuidar e zelar pelo que é nosso.
Se prevenir também é um processo de evolução.

Axé de paz e luz!


sábado, 24 de maio de 2014

Qual a sua escolha de vida?

Triste ilusão juvenil que destrói o amor que não foi ensinado e que não foi sentido nem percebido pelos adultos que vivem como se fossem jovens iludidos pela ilusão dos adultos que não aprenderam nem sentiram nem perceberam.
Falar da experiência que tive quando jovem de escolher viver, sem consciência alguma da Verdade, a vida profana em vez de viver a Vida de Santo é muito difícil.
Falo com certo entusiasmo e até com risadas desse período da juventude que teve dois lados, um positivo outro não positivo, isto é totalmente negativo, ruim e muito triste.  
O lado positivo foi ter vários momentos legais e por ter conhecido pessoas legais que até hoje são amigas. Na Verdade, das várias pessoas legais e amigas ficou reduzido tanto que contasse nos dedos das mãos as que realmente são legais e amigas. Nem arrisco contar porque pode ficar menos ainda.
Os vários momentos legais não foram, na verdade, legais e sim experimentos de sentimentos, atitudes, ações não positivas. Esses momentos legais e que recordo dando risadas foram criados apenas pela ilusão de uma felicidade momentânea criada pela mente, pelo ego negativo que nos conduziu a viver a falsa alegria. Esses momentos foi  vivido no meio da tristeza, da dor e da loucura da vida profana. Logo os momentos legais não foram legais.
O que foi vivido, na realidade, foi uma mentira criada pelo ego negativo e não ter ido viver a missão dentro da vida de santo foi muito triste.
A vida de curtição é uma vida de dor, pobre, triste, egoísta, doente, maltrapilha, solitária, torturante, ilusória, mentirosa, cinza que gera raiva e ódio; as risadas são histerias da alma que chora desesperadamente por Luz, o amor não é Amor, é a falsa ilusão de completude e só serve para saciar o próprio ego, pois não preenche o vazio da alma que clama por Luz; o sexo não traz prazer nem sacia, pois é depravado, sujo, o gozo é pobre e racional, não é gentil nem amoroso, logo não sacia e apenas alimenta a raiva e o ódio porque a alma não é atingida; a alma clama o Amor, Fogo que arde e expande até o Êxtase.
Viver a vida no santo é se proteger da dor, da tristeza, da fragmentação da alma.
Viver a vida no santo não nos torna santo, mas torna cada momento da nossa vida santificada e com infinitas oportunidades de manter a inteireza do ser que habita dentro de cada um de nós.
Viver a vida no santo não é apenas frequentar um templo uma vez por semana é ter o templo em si todos os momentos da sua vida.
Viver a vida no santo é compartilhar, respeitar, disponibilizar, unir, baixar a cabeça, ser aprendiz, ser humilde, abraçar, estar conectado, sentir a sincronicidade, viver livre, ajudar, participar, construir e destruir quando necessário for, é fazer parte daqueles que querem o mundo melhor e em paz, é criar a cultura de paz, é quebrar dogmas, preconceitos, é fazer o novo, é perceber, é ver além do véu.

Sou restauradora da alma que foi destruída pelo mundo profano,
Sou buscadora dos pequenos cacos que ficaram espalhados pelo mundo profano,
Sou faxineira dos pequenos cacos que ficaram sujos pelo mundo profano,
Sou terapeuta dos pequenos cacos que ficaram doentes pelo mundo profano,
Sou artesã que vai ajustando cada pedacinho encontrado, limpado, curado, energizado aos outros fazendo a grande Obra Prima: Cura da minha Alma.

O trabalho é árduo, pois cada momento vivido criou vários gatilhos e a cada pedacinho não resgatado o gatilho é disparado e quem vê sem os olhos da Luz, não enxerga o quanto já foi reconstruído.
Chego aos 55 anos, meio século de vida e destes 7 anos de tenra idade que vivia no mundo sem véu;  5 anos inserindo alguns véus (padrões mentais, crenças, idéias revolucionárias, cultura de guerra, de consumismo, de falsa felicidade, de ostentações, de falsa missão, falso sucesso, de falsa amizade, de status, de roupas de marcas, uso de substancia que traz alegria, animação, êxtases, e outras idéias de controle de massa)  que são produzidos pela sociedade; 6 anos lutando para viver dentro do véu que foi inserido pela sociedade; 5 anos vivendo o véu, isto é, a vida profana;  32 anos Resgatando o Ser e ainda falta muitos gatilhos para serem desengatilhados, muito pedacinhos para resgatar, limpar, curar e restaurar na Alma.

Sou Aprendiz na grande jornada da Alma.

Meus amigos que tenho hoje.... os que já comentei mas tenho mais sim, as que fiz depois que iniciei meu resgate de alma inclusive todas as amigas da minha vó e da minha mãe que acompanharam minha experiência e que hoje me vêem com muito mais amor e carinho e sabem o quanto foi difícil eu estar onde estou com todas as minhas conquistas e aprendizado e percebo em cada encontro a alegria nos seus olhos e nos abraços que recebo.

Evidentemente que não sei quantos pedaços ainda existe que precisa ser resgatado, sei que é muito e que todos os dias me disponibilizarei a executar esta tarefa, dias mais forte outros precisando de ajuda, mas executarei.

Ah, se me arrependo do que vivi? Não, não me arrependo, pois não há culpa. Não, não faria tudo de novo não. Foi HORRÍVEL e quando dou risada das situações é para esconder as coisas feias e minha burrice de ter entrado no “mundo dos normais” no "mundo das galeras" no "mundo pode tudo" . Ser normal é horrível, é nada haver, é tolo.

Hoje acordei sabendo que tenho mais 50 anos e quero viver com Alegria, Saúde, Disposta  e sem véu e me proponho a me esforçar muito mais e trabalhar arduamente neste Propósito, pois quero que os últimos 40 anos da minha existência eu viva com a percepção, a sensação que estou INTEIRA e daí seguir para outra dimensão... com o dever cumprido.
Hoje eu conecto todos os dias com o meu Propósito junto a Hierarquia da Luz!

 Estou disposta a repassar minha experiencia.

Axé de Paz e Luz!







quinta-feira, 8 de maio de 2014

A Vida no ponto de vista de cada um

Salve irmãs e irmãos de fé,

Meu coração esta sereno.

O único tio materno esta muito doente no hospital e como resolveu morar numa cidade longe da que eu moro, ficou difícil eu ir vê-lo com mais freqüência. Todavia, ouve um tempo que estávamos sempre juntos de uma forma ou de outra. E ríamos muito.
Ele sempre foi muito bravo, áspero e até rude na forma de agir e de impor “suas leis” não sei se há outras pessoas que viveram e conviveram da mesma forma que eu convivi com ele.
Ele foi meu “chefe”. Isso mesmo, chefe no serviço. Eu sempre sorrio quando lembro dos anos juntos. A mente dele era incrível, ele grava na mente todos os saldos das quinze contas financeira que administrávamos e ele ria muito porque dos oitenta e nove funcionários, eu era a única que disputava com ele a informação, logicamente ele sempre ganhava porque, incrivelmente, minha mente sempre ocultava um lançamento. Dava uma raiva danada disso e riamos muito já que ele que era o vencedor.
Ele, meu tio e chefe, foi o único parente que me deu um abraço físico no dia que passei no vestibular para o curso de direito, até porque meus pais estavam viajando e os outros, nem aí camarada.... e eu também não fui para casa para saber se alguém ia lá me abraçar porque nunca foi tola para isso, já sai com os amigos malucos para comemorar, ou melhor, bebemorar.
Quando ele estava muito bravo eu sempre ria dele, muitas vezes ele estava “roxo” de raiva por trilhões de motivos estressantes da vida profissional ou não e eu, na maior cara de pau, passava por ele e dizia, “ichi o vulcão tá pronto pra explodir”, ele já ria porque eu era “abusada” como ele mesmo intitulava.
Ele sempre acreditava em tudo que eu contava, literalmente.
Como é bom relembrar...
Ele é meu padrinho de camarinha, e nos reforços de sete e quatorze anos e neste último ele já estava apresentando sinais da falta de paciência porém muito contido e ele veio no recinto da minha imersão e falou: só tu pra fazer eu vir aqui, ficar uma semana e assistir este momento que é sempre a mesma coisa, que nunca acaba, que repete sem nada dizer e ficar segurando uma vela; ri e disse: tu vens coroa porque tu me amas e ele deu risada e ficou, administrando a pouca paciência e a doença apenas por amor. Do jeito dele, mas por amor.
Hoje ele tem o mal do alemão, pudera, ele é ruivo, alemão, sei lá... mas pintado.
Hoje ele tem Alzheimer 
Dizem que esta doença vem para esvaziar a mente que esta muito cheia de informação e que não conseguimos esvaziar com o exercício da meditação. 

Eu o amo, muitos o amam do jeito que ele sempre foi, bravo e severo, pois ele sempre foi muito mais amigo e generoso.

A ultima vez que o vi, faz tempinho, e mesmo com a doença ele me reconheceu e muitos dizem que eu imagino coisas, pode ser, mas ele me ouviu, ouviu meus sonhos, minhas histórias e chorou quando falei”daí coroa, to indo porque a vida é cheia de coisas”.
Agora, o corpo não recebe muita informação do cérebro e ele fez uma cirurgia que seria simples para nós pessoas saudáveis e, como ele não fala e não se expressa, o diagnóstico, parece-me que foi moroso e sei lá.... ele esta na UTI.
Bom lembrar tudo isso e mais algumas coisas que vem na mente.

O amanhã a Deus pertence.... em oração e na
Confiança que o melhor acontecerá.


Axé de paz e luz!

terça-feira, 11 de março de 2014

UMBANDA E QUARESMA

Saravá irmãs e irmãos de fé e de caminhada evolutiva,

Para os Umbandista de todos os cultos a quaresma cristã é aproveitada para vencer o pior inimigo – o ego inferior. É para isso que o orixá Tempo propõe vivenciar momentos de integração a natureza mais intima do ser humano por meio de reflexões, orações, meditações e jejuns.

Para os Umbandistas a Quaresma é tempo de ....



Tempo de reflexão.
Refletir quais são as fraquezas que impedem a evolução espiritual. Fraquezas essas que refletem no repetir os mesmos erros anos após anos, de manter a autopiedade – sentir se não amado, sendo a vitima das circunstancias, pensar que Deus não gosta de si e que o mundo esta contra si.  Refletir o porquê que a vida não melhora, não flui de forma harmônica, que não há abundancia, nem prosperidade; porque sempre tem confusão e brigas no trabalho e na família e muitas vezes até no meio dos amigos. Refletir o porquê que as pessoas têm tanta inveja, mau olhado – olho gordo e até pedidos a espíritos de baixa vibração com o intuito de prejudicar o outro.

Tempo de oração.
Orar não é pedir. Orar é contemplar, é ver a Beleza se manifestar na vida diária. Orar é agradecer a oportunidade de estar neste planeta, neste exato momento, com estas pessoas que estão ao redor, convivendo e aprendendo diariamente. Orar é se permitir viver o melhor de si e da vida em si. É estar conectado com a Força Divina em Sua Magnitude e Amor. Orar é se entregar a Vontade de Deus diariamente e a todos os momentos e ter Fé que a Vontade divina sempre age no beneficio de cada um ser humano para o cumprimento do seu propósito ligado ao Propósito Divino para manter cada Filho da Luz conectado a Fonte.

Tempo de meditação.
Meditar é respirar. É sentir o inspirar e o expirar com toda a natureza expandindo e energizando a todo o momento o campo de energia universal. Meditar é esvaziar a mente, o coração; é desopilar as energias que condensam na matéria e que fabricam doenças. Meditar é sentir-se livre. É aprender a ser livre. Livre de idéias fixas e limitantes, livres de padrões mentais que impedem o crescimento e a prosperidade, livre das dores da alma e do corpo.

Tempo de jejuar.
Jejuar não é deixar de comer já que existe tanta fome no mundo
Jejuar é se fortalecer onde há a maior fraqueza do seu ser; é aceitar que possui vicio é superá-los: vícios de drogas, álcool, de fofocar, de cuidar da vida dos outros, de se manter dependente de alguém ou de algo, vício da autopiedade.
Jejuar é ser generosa e generoso consigo; é ser caridosa e caridoso consigo; é ser amorosa ou amoroso consigo; é ser misericordiosa e misericordioso consigo próprio. É amar os outros como a si próprio.

Quaresma é tempo de caridade, de generosidade, de amor e de misericórdia.

Oração de São Francisco de Assis

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

São Francisco de Assis


Vamos aproveitar bem este tempo e vivenciar o Propósito.

Axé de Paz e Luz!

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

MEDIUNIDADE... Tarefa, Profissão, Dom


É imperativo entender, compreender e saber que a mediunidade é um instrumento, um canalizador que visa mediar uma dimensão com outra. Toda pessoa sensitiva, que possui o Dom de mediar, que tem a sensibilidade de ver, ouvir, sentir ou manifestar de alguma forma, nessa atual dimensão, fez uma escolha de executar e desenvolver essa mediunidade, esse Dom e não foi um presente imposto por alguma divindade nem por Deus Pai Mãe, porque há a Lei do Livre Arbítrio que é uma Lei Divina, se houve um presente que você recebeu gratuitamente, este presente foi dado do seu Eu Superior para conduzi-lo no caminho do seu desenvolvimento espiritual. Isto é, o processo que leva a esta escolha vem do adiantamento espiritual de cada Ser, desenvolvido por várias outras dimensões e não é um carma ou um castigo como é comentado, é um Dom e um Dom é uma dádiva. Exercitar e praticar esta escolha, esta mediunidade nada mais é que estar sempre conectado com a Consciência Divina e usar este instrumento para e executar as tarefas pertinentes a expansão desta dádiva com muito zelo. A Lei do Livre Arbítrio acontece, neste caso, no momento que há a escolha, antes de se adentrar nesta dimensão, quando há que decidir em receber este ou aquele Dom. Servir como tarefeiro da Luz é exercer o Dom escolhido para a Profissão da Alma, para que esta alma se mantenha sempre alimentada e forte, imponderada. É beber na Fonte Divina permanentemente. Todavia o exercício da mediunidade exige do servidor encarnado, do ser humano uma postura ética, moral, disciplinar, de disponibilidade e dedicação.
Neste mesmo processo esta a mediunidade desenvolvida nos templos de umbanda, na vida no Santo.  Viver no Santo é muito simples. É santificar suas escolhas antes desta dimensão, é santificar sua própria vida em todos os momentos, em todas as atividades, em toda respiração no ato de inspirar e expirar.  Como é possível viver sem viver no Santo. Como deixar de santificar todas as tarefas, as emoções, os sentimentos, as escolhas, as decisões, os momentos de prazer e gozo. Se for possível tomar decisões, escolher o melhor caminho, a melhor jornada sem perguntar ao seu “Santo”, a sua força mais íntima e verdadeira do seu ser, sem conexão com o Divino é fadar sua escolha ao negativo, fazer uma escolha sem a Presença, sem o “Santo” é deixar de santificar sua própria vida.
Poucas pessoas percebem que seu ser faz parte da Vida de Santo. A percepção existente é que a Vida de Santo é experimentada nos templos que cultuam as Tradições de matriz Afro, existentes a mais de 5.000 anos, de certa forma isto é uma verdade, porque é nos templos que experimentamos a egrégora dos orixás condensadas por meio do toque, da dança e dos cânticos, inclusive por meio das ascensões dos iniciados.
Viver no Santo é estar inteiro completo e pleno com Ser Humano. Toda escolha, toda decisão deve estar alinhada ao que o Santo abençoa naquele momento para a vida.
É necessário conectar esta vida do Santo é compreende que não é uma obrigação a vida do Santo. É uma dádiva. A vida no Santo é querer estar abençoado, estar santificado, estar sagrado, estar fazendo sua missão acontecer. Que missão é essa. A missão é ser feliz. Ser feliz é estar se sentindo abençoado, ser parte do todo, ter a alma alegre, viver no conflito e permanecer em paz, é não estar em dramas nem manter padrões negativos, é viver otimista e dignamente para continuar ascender espiritualmente.

Viver no Santo, além do que já falamos também é uma profissão da Alma.

Profissão da alma escolhida para a vida é necessário escolher uma profissão para alimentar o corpo físico. Tarefa que deve ser executar também com muito zelo, entretanto não pode sufocar o tempo nem exigir mais que a profissão que alimenta a alma. Assim como quando se alimenta o corpo físico é necessário ter em mente que cada ceia deve estar dividida em três partes iguais para ser preenchido da seguinte maneira: 1\3 para o alimento sólido, 1\3 para o alimento líquido e 1\3 para o alimento vazio, para Deus como diz os antigos; o tempo profissão no físico também deve estar dividido em três partes iguais: alimento da alma, alimento do corpo e alimento do vazio.
O alimento da alma é exercitar as tarefas da profissão, do dom, da dádiva; o alimento do corpo é a atual “profissão” onde recebe seu provento, que às vezes pode ser a mesma profissão que a alma escolheu. Ser estudante também é uma profissão aos mais jovens. O alimento do vazio é o “ócio criativo”. É o momento onde não há nada o que se fazer. É o relaxamento sem compromisso. É o tempo que é criado para que haja o vazio.
Neste movimento da vida o prazer também deve ser entendido. O prazer da alma esta no êxtase encontrado no exercício do Dom onde em cada encontro, em cada servir, em cada entrega à Presença onde acontece o alimentar na Fonte por meio da conexão energética onde é proporcionado o néctar do prazer. O prazer do corpo esta no sexo aprazível e digno, na meditação, na entrega à vida honrada e amorosa, na execução de cada tarefa, na contemplação da vida em toda sua extensão, no deleite de cada momento, na mastigação de cada alimento.
É necessário entender que não é o comparecimento nos cultos diários, semanais ou mensais que fará sua vida de santo santificar sua vida terrena. É a Doação do propósito que originou a escolha em ter uma dádiva a ser compartilhada.
Estar fora desse movimento conscientemente é estagnação e estar ao contrario é regressão a um estado primitivo da alma.


 Axé de Paz e Luz!

domingo, 12 de janeiro de 2014

Ser ou não Ser .... Eis a questão?



Engraçado...
Engraçado ouvir uma pessoa dizer que um jovem tem a sabedoria de um ancião, como há alguns dias ouvi.
O ancião é aquele ser humano que tem muita experiência e em varias áreas da sua vida.
Ancião é uma pessoa velha e respeitável, pessoa de idade avançada, antigo e vetusto. Ancião ou Presbítero, deriva do gr. pre.sbýte.ros pelo lat. presbytèru, significa "homem mais velho" ou "ancião". Não se aplica apenas a uma pessoa já idosa, mas a uma pessoa com mais idade, alguém que é mais experiente e que tem madureza. A palavra hebraica para presbítero é za•qen, é vertida por Ancião. Identificava os líderes do Antigo Israel, quer em nível de uma cidade, da tribo ou a nível nacional. No antigo testamento a palavra ancião era usada aos mais antigos e responsáveis em orientar as tribos, vilas e até mesmo fazer rituais, e a média de idade era acima de 100 anos.
A necessidade da experiência é fundamental para que a pessoa seja madura e seja reconhecida como um ancião.

Vivemos em uma época, onde a inversão de valores, a pressa, a corrida pelo status, entre outras coisas de similar natureza, estão em evidência. Perdem-se em algarismos matemáticos, os exemplos que vemos de pessoas ocupando posições sem a devida maturidade psicológica, pessoal, de área de atuação, emocional, entre outras.

A mocidade religiosa, atualmente, ingressando nos templos de Umbanda para desenvolver sua mediunidade já quer ser “pai e mãe de santo”. Tem pressa. Essa pressa burla todos os processos, experiências e etapas inerentes ao “cargo”.
Meninas e meninos que acabaram de adentrar na adolescência estão sendo mães e pais, poderia ser o exemplo mais agudo a ser citado. A massificação da idéia cultural religiosa, em conjunto com o crescimento dos "escolhidos" sacerdotais, vem atentando contra a natureza da própria religião.

Ontem, conversando com um Babalaô, comentávamos que antigamente e em todas as escrituras das diversas tradições cristãs e não cristãs, poucos eram os escolhidos para ser um sacerdote ou uma sacerdotisa, e hoje em dia, a maioria é “escolhida”. O processo sociológico, daqui a alguns anos, será intenso porque a maioria desses “escolhidos” são originários da indisciplina.

Indisciplina? Sim, indisciplina.

A pessoa entra num templo e sua arrogância não permite que ela seja participativa, disponível, amorosa nos processos, aprendiz, humilde para reconhecer e para bater cabeça aos orixás, aos sacerdotes e aos antigos. Muitos médiuns após o seu batizado, que recebe sua primeira “segurança” chamada de “guia” para ancorar seus “Anjos de Guarda”, já desejam receber um Brajá que é  a guia ofertada aos REFORÇADOS de 21 ANOS que possuem no mínimo 30 anos de vida no santo. E não fica por aí, seus orixás não desenvolvem. Seus GUIAS-ENTIDADES não são mais seus responsáveis pela sua vida espiritual como mentores e orientadores, é o pai ou mãe de santo que joga cartas ciganas ou qualquer outro oráculo para dizer quem é o dono do Ori daquela pessoa. Essas pessoas em pouco tempo vamos ver nos bazares que vedem materiais prontos e compram brajás para seus guardiões usarem para “igualarem” aos mais antigos e em menos de 10 anos teremos mais um templo aberto na cidade por pessoas “escolhidas”.
Essas pessoas, normalmente, sentem-se humilhados em viver como um “abiã” ou “iaô”, em cumprir preceitos longos que os preservam da vida mundana e viciosa. Precisam se sentir superiores. Esta necessidade emocional de se sentir superior é um desvio psicológico, que qualquer terapeuta emocional – psicólogo – pode transformar em libertação e alegria, e está alimentando a idéia errônea que esta pessoa “é uma escolhida” e com essa falsa idéia e sua simpatia e astucia vão envolvendo pessoas e mais pessoas tornando-se em pseudos-mestres.

Em todas as épocas, assim como em todos os povos, sempre existiram os iniciados e os iniciantes. Na Grécia antiga, tinham os filósofos e seus discípulos. No oriente os mais idosos eram os sábios os mestres, enquanto nos mais jovens, tínhamos as pessoas que estavam preparando-se para a aquisição dos segredos e "segredos" de seus ancestrais, ou seja os alunos dos mestres, os futuros mestres. Em qualquer parte do mundo, onde existissem grupos de pessoas reunidas, esse sistema era algo natural entre as pessoas. Era algo cultural, inalterável naquele momento.

Com o passar dos tempos, muitos valores sócio humanos foram sendo adulterados, modificados, em nome da modernidade. O que antes acontecia informal e naturalmente passou ser formalizado e mecânico. Perdeu-se magia que somente o tempo e a vivência ativa podem conceder, em com isso temos hoje uma série de aberrações, que cada uma a seu turno atenta contra toda uma história de fatos, acontecimentos e personagens.

O desenvolvimento mediúnico, nos templos, está sem estudo e o anímico alimenta o ego inferior que tem o péssimo habito de boicotar a sua evolução espiritual. A pratica ritualística esta para a mesmice e padrões repetitivos deixando de exercer a missão do ser humano.
Como dizia Pai Fagundes de Ogum, se Homem não sabe que veio para Servir, vai servi pra quê?
Servi a coletividade, Servi a Deus, Servi o próximo, Servi ao Bem.

Evidentemente, há muitos jovens que possui registrado na sua casa astral (ver Mapa Astral) que sua vida será a de um Sacerdote ou Sacerdotisa, só que estes escolhidos negam sua missão por muito tempo, consideram uma missão penosa, desgastante, exige disponibilidade, doação, disciplina, meditação, aprendizado diário, estudo e observância sobre as mazelas humanas e total conexão no mundo espiritual. Os escolhidos precisam “se recolher” da vida mundana e se preservar energeticamente. Estes jovens só assumem a verdadeira missão sacerdotal depois de muito tempo porque para que eles possam madurar eles precisam experimentar...

Não dá para ser avô, sem antes ter sido pai.
Não dá de ser pai sem ser filho.
Não se pode iniciar se não é um iniciado.

Isso é natural.
Essa é a vida.

Axé de Paz e Luz!