terça-feira, 27 de setembro de 2011

Nossa criança interior e espiritual - união perfeita para nosso crescimento


Hoje, dia 27 de setembro, comemoramos na Umbanda, o dia de São Cosme e São Damião.
Energia de Ibeji. Alegria da criança. Inocência e Amor Incondicional.
Como médium, sou um canal de comunicação entre o espírito da criança Terezinha de Jesus. Ela adora os jardim, principalmente os floridos.
Durante este anos todos, em contato com essa criança, aprendi que para tornarmos bons adultos precisamos ser maduros e, para que aconteça essa transformação faz-se necessário curar nossa criança interior.
É muito comum nos comportarmos como criancinhas querendo proteção, mimos, chamando atenção. É impressionante o quanto agimos de forma infantil nos diversos papeis sociais que exercemos, inclusive profissionalmente.
Precisamos curar esta criança. Precisamos cuidar da criança que éramos. Isso é tão simples quanto pode ser doloroso. Não há segredos, mas coragem e honestidade.
Deixar que nossa beijada auxilie neste despertar, neste sair do inconsciente para nos curar é fundamental.

Um dia, no inicio de uma incorporação de ibeji, fui lançada ao chão (como normalmente acontece) porém foi diferente das outras vezes. Olhei para cima e percebi que, num milésimo de segundo eu estava tão pequenininha que as folhas da grama eram gigantes, ouvia muitas risadinhas, que sensação magnificas, única, permanente... estava naquele momento integrada ao todo.
A sensação ficou para sempre. Refleti muito de como deixamos de aproveitar a vida, como ficamos presos a nossa dor de criança, do abandono dos pais, das incompreensões, dos traumas infantis, alguns de nós até dos amolestamentos por parte de parentes pedófilos.
Como perdemos....
Meditei.. meditei por muito tempo e pedi que a Luz me mostrasse como curar minha criança interior. Neste momento apareceu, no portal do sul, vindo da Antártica, uma linda e maravilhosa baleia que cantava e saltava alegremente no mar. Ela me contou que se eu ficasse submersa na água eu conseguiria encontrar minha criança interior e me curar. Imagina, eu submersa, quase morri afogada quando criança. Carinhosamente foi me mostrado uma linda banheira, cheia de água com ervas e rosas cheirosas. Percebi como resistimos a cura. Logico que não precisaria me tornar uma baleia, uma simples banheira pode fazer o mesmo efeito... imergiria nas águas maternas e me sentiria em perfeita Unidade com Deus-Mãe. Bençãos. Bençãos.

Sou eternamente grata a você querida Terezinha de Jesus. Teu jardim de flores perfuma minha vida, me traz belas recordações, me faz Ser um ser melhor.

Axé de cura!
Axé de Paz e Luz!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Anjos Guardiães
 
Os anjos guardiães são embaixadores de Deus, mantendo acesa a chama da fé nos corações e auxiliando os enfraquecidos na luta terrestre.
Quais estrelas formosas, iluminam as noites das almas e atendem-lhes as necessidades com unção e devotamento inigualáveis.
Perseveram ao lado dos seus tutelados em toda circunstância, jamais se impacientando ou os abandonando, mesmo quando eles, em desequilíbrio, vociferam e atiram-se aos despenhadeiros da alucinação.
Vigilantes, utilizam-se de cada ensejo para instruir e educar, orientando com segurança na marcha de ascensão.
Envolvem os pupilos em ternura incomum, mas não anuem com seus erros, admoestando com severidade quando necessário, a fim de lhes criarem hábitos saudáveis e conduta moral correta.
São sábios e evoluídos, encontrando-se em perfeita sintonia com o pensamento divino, que buscam transmitir, de modo que as criaturas se integrem psiquicamente na harmonia geral que vige no Cosmo.
Trabalham infatigavelmente pelo Bem, no qual confiam com absoluta fidelidade, infundindo coragem àqueles que protegem, mantendo a assistência em qualquer circunstância, na glória ou no fracasso, nos momentos de elevação moral e naqueloutros de perturbação e vulgaridade.
Nunca censuram, porque a sua é a missão de edificar as almas no amor, preservando o livre-arbítrio de cada uma, levantando-as após a queda, e permanecendo leais até que alcancem a meta da sua evolução.
Os anjos guardiães são lições vivas de amor, que nunca se cansam, porquanto aplicam milênios do tempo terrestre auxiliando aqueles que lhes são confiados, sem se imporem nem lhes entorpecerem a liberdade de escolha.
Constituem a casta dos Espíritos Nobres que cooperam para o progresso da humanidade e da Terra, trabalhando com afinco para alcançar as metas que anelam.
Cada criatura, no mundo, encontra-se vinculada a um anjo guardião, em quem pode e deve buscar inspiração, auscultando-o e deixando-se por ele conduzir em nome da Consciência Cósmica.
Tem cuidado para que te não afastes psiquicamente do teu anjo guardião.
Ele jamais se aparta do seu protegido, mas este, por presunção ou ignorância, rompe os laços de ligação emocional e mental, debandando da rota libertadora.
Quando erres e experimentes a solidão, refaze o passo e busca-o pelo pensamento em oração, partindo de imediato para a ação edificante.
Quando alcances as cumeadas do êxito, recorda-o, feliz com o teu sucesso, no entanto preservando-te do orgulho, dos perigos das facilidades terrestres.
Na enfermidade, procura ouvi-lo interiormente sugerindo-te bom ânimo e equilíbrio.
Na saúde, mantém o intercâmbio, canalizando tuas forças para as atividades enobrecedoras.
Muitas vezes sentirás a tentação de desvairar, mudando de rumo. Mantém-te atento e supera a maléfica inspiração.
O teu anjo guardião não poderá impedir que os Espíritos perturbadores se acerquem de ti, especialmente se atraídos pelos teus pensamentos e atos, em razão do teu passado, ou invejando as tuas realizações... Todavia te induzirão ao amor, a fim de que te eleves e os ajudes, afastando-os do mal em que se comprazem.
O teu anjo guardião é o teu mestre e amigo mais próximo.
Imana-te a ele.
Entre eles, os anjos guardiães e Deus, encontra-se Jesus, o Guia perfeito da humanidade.
Medita nas Suas lições e busca seguir-Lhe as diretrizes, a fim de que o teu anjo guardião te conduza ao aprisco que Jesus levará ao Pai Amoroso.

Joanna de Ângelis (espírito), por Divaldo Pereira Franco. 
Fonte: livro "Momentos Enriquecedores" - LEAL, 1994 - Salvador, BA.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Estamos no movimento

Saravá Irmãs e Irmãos de fé e de caminhada,

Compartilho neste momento uma mensagem que creio ser interessante para relembraar aquele que já conhece e trazer ao conhecimento daqueles que ainda não sabem, porque na minha consciencia, a participação de cada um de nós, com nossos pensamentos e nossas práticas diárias de meditação e oração tem uma importancia fundamental na construção da sociedade que queremos viver.



"O CENTÉSIMO MACACO"

O macaco japonês Macaca Fuscata vinha sendo observado há mais de trinta anos em estado natural. Em 1952, os cientistas jogaram batatas-doces cruas nas praias da ilha de Kochima para os macacos. Eles apreciaram o sabor das batatas-doces, mas acharam desagradável o da areia.

Uma fêmea de um ano e meio, chamada Imo, descobriu que lavar as batatas num rio próximo resolvia o problema. E ensinou o truque à sua mãe. Seus companheiros também aprenderam a novidade e a ensinaram às respectivas mães.

Aos olhos dos cientistas, essa inovação cultural foi gradualmente assimilada por vários macacos.

Entre 1952 e 1958 todos os macacos jovens aprenderam a lavar a areia das batatas-doces para torná-las mais gostosas. Só os adultos que imitaram os filhos aprenderam este avanço social. Outros adultos continuaram comendo batata-doce com areia. Foi então que aconteceu uma coisa surpreendente.

No outono de 1958, na ilha de Kochima, alguns macacos – não se sabe ao certo quantos – lavavam suas batatas-doces.

Vamos supor que, um dia, ao nascer do sol, noventa e nove macacos da ilha de Kochima já tivessem aprendido a lavar as batatas-doces. Vamos continuar supondo que, ainda nessa manhã, um centésimo macaco tivesse feito uso dessa prática.

Então aconteceu! Nessa tarde, quase todo o bando já lavava as batatas-doces antes de comer.

O acréscimo de energia desse centésimo macaco rompeu, de alguma forma, uma barreira ideológica!

Os cientistas observaram uma coisa deveras surpreendente: o hábito de lavar as batatas-doces havia atravessado o mar. Bandos de macacos de outras ilhas, além dos grupos do continente, em Takasakiyama, também começaram a lavar suas batatas-doces.

Assim, quando um certo número crítico atinge a consciência, essa nova consciência pode ser comunicada de uma mente a outra.

O número exato pode variar, mas o Fenômeno do Centésimo Macaco significa que, quando só um número limitado de pessoas conhece um caminho novo, ele permanece como patrimônio da consciência dessas pessoas.

Mas há um ponto em que, se mais uma pessoa se sintoniza com a nova percepção, o campo se alarga de modo que essa percepção é captada por quase todos!

Essa experiência nos proporciona uma reflexão sobre a direção de nossos pensamentos.

De certo modo, já sabemos que para onde vai o nosso pensamento segue a nossa energia.

Grupos pensando e agindo numa mesma freqüência em várias partes do Planeta têm as mesmas sensações e acabam fazendo as mesmas coisas sem nunca terem se comunicado. Isso vale tanto para aqueles que praticam o bem como para aqueles que usam de suas faculdades para o mal.

O acréscimo de energia, neste caso, pode ser aquela que você está enviando com o seu pensamento sintonizado na freqüência do crime noticiado que gera comoção geral. Parece coincidência, mas sempre que um crime choca e comove multidões, de imediato outros fa tos semelhantes pipocam em diversos lugares.

Será isso o efeito do centésimo macaco às avessas?

Ao invés de indignar-se diante do crime noticiado, direcionando inconscientemente seu pensamento e sua energia para essas pessoas ou grupos que se aproveitam dessa energia toda para materializar mais crimes, neutralize com pensamentos conscientes de amor e perdão.

Mude de canal na TV, vire a página do jornal, saia da freqüência e não alimente ainda mais a insanidade daqueles que tendem para o crime, e, também, daqueles que lucram com as desgraças alheias.

São todos igualmente insanos, tanto aquele que pratica o crime quanto aquele esbraveja palavrões de indignação por horas diante das câmeras, criando comoção e levantando a energia que se materializará nas mãos daquele que está com a arma já engatilhada.

Gerar material para construir um mundo melhor não requer tanto de grandes ações, quanto essencialmente grandes blocos de consciência. É preciso que mais gente se sintonize na freqüência e coloque aquele acréscimo de energia que pode gerar uma nova consciência em outros grupos, em outras partes do Planeta.

Se cada um de nós dedicar alguns minutos todos os dias para meditar, entrando em sintonia com a frequência do amor, basta para mudar muitas coisas desagradáveis acontecendo em nosso Planeta e criar uma nova consciência.

Seja você também um “centésimo macaco” – para o bem!

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." (Fernando Pessoa)

"Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual... somos seres espirituais passando por uma experiência humana." (Theilar Chardin)

Axé de Paz e Luz!



terça-feira, 19 de julho de 2011

LIDERANÇAS SACERDOTAIS DE ALMAS E ANGOLA

Continuação do artigo Sistema Organizacional do Almas e Angola...


LIDERANÇAS SACERDOTAIS

Na última década, o sistema ritualístico de Almas e Angola vivenciou algumas mudanças na sua estrutura organizacional hierárquica.
Entre as principais mudanças temos a questão da morte do primeiro escalão ativo que formavam a ponta da pirâmide hierárquica genealógica e normatizavam os processos celebrativos; do aumento de adeptos ingressando no quarto grau hierárquico da ritualística bem como o crescente numero de templos, aumentando consideravelmente o numero de sacerdotes (isa).
 Diante do novo cenário e com o intuito de fortalecer as lideranças sacerdotais, baseado na teoria do milionésimo círculo, mais de cem lideres religiosos de Umbanda do ritual de Almas e Angola criaram uma nova organização sacerdotal com o objetivo de unir as sacerdotisas e sacerdotes, fortalecendo dos milhares de templos e consequentemente fortalecendo a instituição Almas e Angola, com a concepção da liderança circular, criando o sistema circular hierárquico de sacerdotes de Umbanda do ritual de Almas e Angola.
O grande objetivo dessa nova proposta é fazer de cada encontro uma oportunidade de transformação, de troca de experiência, de troca de sabedoria ancestral de cada ancião – sacerdote e sacerdotisa, de consolidação da uma visão holística dentro da transdisciplinaridade, sem a fragmentação até agora vivenciada por todos os adeptos.
É importante neste tempo quebrar o paradigma da hierarquia sacerdotal diante da hierarquia criada pelos Reforços de Camarinha. Como nos diz Weil (2004):          
Quando falamos, neste trabalho, em religião, vamos nos referir exclusivamente ao seu aspecto místico e no sentido original do termo: re-ligare. Com efeito, toda religião é, em grande parte, fundamentada em experiências místicas de seus fundadores, em revelações obtidas num nível de consciência fora da nossa dimensão espaço-tempo, em que a pluralidade e a dualidade desaparecem em que houve um religamento e uma volta à unidade fundamental.


Dentro da nova metodologia, a hierarquia sacerdotal, não há de manter a hierarquia dos setes graus, passando todos os sacerdotes ter o mesmo nível hierárquico (ver fig. 06) neste caso cada sacerdote, com sua experiência e sabedoria vai fomentando o sistema círcular e nesta troca vai ocorrendo a grande transformação em benefício de toda a instituição religiosa, neste caso específico, do ritual de Almas e angola, impulsionando e preparando para a Nova Era.

Weil (2004) afirma, em decorrência de experiências adquiridas nos encontros inter-religiosos na UNIPAZ, que algo está acontecendo no domínio das religiões desde o fim do século e início do atual milênio. Haverá um despertar da plena consciência na experiência mística, sobretudo nas religiões fiéis à sua vocação. A causa principal do despertar esta na descoberta progressiva por parte dos líderes das religiões das evidências levantadas pela Parapsicologia e Psicologia Transpessoal, as quais, na opinião do Weil, colocarão um ponto final no ceticismo levantado pelo racionalismo filosófico e científico sobre a fenomenologia. A reaproximação progressiva entre ciência e tradições espirituais influirá no resgate da fonte inspiradora da própria tradição e nas teologias ocidentais.
Segundo Weil (2004), a religião, cuja função essencial é a indicação do sentido, junto com a filosofia que se destacou dela, está dando sinais de que o sentido dessa mudança será holístico, tal como foi definido anteriormente.           
A nova metodologia, que surgiu pela criação de uma organização não governamental, denominada Associação dos Terreiros de Umbanda do ritual de Almas e Angola do Brasil – ATUAA,  vem operando neste sentido, ou seja, de dar sustentação para que a ritualística de Almas e Angola possa ultrapassar a fase atual de mudanças, estimulando seus adeptos, de forma consciente, a promoverem estudos e pesquisas, estimulando seus líderes a participarem dessa nova consciência para o despertar da essência, pois o novo sentido da liderança se encontra na liderança holocentrada[1], o que implica uma profunda mudança em cada um de nós. SOMOS UM. SOMOS UMBANDISTAS.
A associação surgiu para dar sustentabilidade aos sacerdotes e toda a comunidade de Umbanda de Almas e Angola e contribuir para a disseminação da cultura de paz, para o resgate e a recriação de um processo hierárquico de rede, com a visão holística, de conexão, sintonia e cumplicidade evolutiva na estrutura organizacional da religião – caminho sagrado -, para o processo reflexivo e de transformação dos líderes consagrados; para o aproveitamento da diversidade de conhecimentos e saberes dos líderes – sacerdotisas e sacerdotes; para a criação do “milionésimo círculo” na UNIDADE. Visa, também, sustentar a transcendência da visão mecanicista, reducionista e consumista dos atuais líderes sacerdotais, aparentemente centrados apenas na técnica e nas superstições, para se tornarem sacerdotes/líderes de excelência, preparados para um novo tempo, a irradiar sua sabedoria com amor e compaixão.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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CHAUÍ, Marilena. Artigo: A experiência do Sagrado e a Instituição da Religião. Disponível no sitio: http://palavrassussurradas.net , acessada em: 25 mar. 2009
CREMA, Roberto. Ciência, Religião e Desenvolvimento: Perspectivas para o Brasil. 2009. Disponível no sitio: http://www.cienciaereligiao.org.br/livro-ciencia-religiao-e-desenvolvimento-perspectivas-para-o-brasil/parte-iii-a-visao-do-brasil/roberto-crema. Acesso em: 23 jan. 2010.
______. Introdução à visão holística: breve relato de viagem do velho ao novo paradigma. São Paulo: Summus, 1989.
______. Pedagogia iniciática: uma escola de liderança. Petrópolis. Rio de Janeiro: Vozes, 2009.
______. Normose – A patologia da normalidade, em co-autoria com Leloup e Weil. Campinas: Verus, 2003
______. Antigos e Novos Terapeutas – abordagem transdisciplinar em terapia. Petrópolis: Vozes, 2002
______. Liderança em Tempo de Transformação, com Washington Araújo. Brasília: Letrativa, 2001
______. Saúde e plenitude: um caminho para o ser. São Paulo: Summus, 1995.
______. Liderança no Século XXI: impactos da passagem do milênio. Transcrição da palestra de Roberto Crema “Liderança no Século XXI: impactos da passagem do milênio”, proferida no Centro Cultural da Câmara dos Deputados e irradiada pela TV Câmara e TV Senado, em maio de 1998.
FERANDY, Roger.  Baratzil BRASIL – a terra das estrelas: nossa herança atlante e extraterrestre. 1. ed. Limeira. São Paulo: Ed. do Conhecimento, 2003.
______. A terra das araras vermelhas: uma história na Atlântida. São Paulo:5. ed. Limeira. Ed. do Conhecimento, 2006.
FERNANDES, Gonçalves. O Sincretismo Religioso no Brasil – seitas, cultos, cerimônias e práticas mágico-curativas entre as populações brasileiras. Curitiba, São Paulo, Rio de janeiro: Editora Guaíra. 1941, ill.
FROMM, Erich. Ter ou Ser? 4. ed. Rio de Janeiro/Guanabara: 1984.
GAARDER, Jostein; HELLEM, Victor e NOTAKER, Henry. O livro das religiões. São Paulo: Compahia das Letras, 2000.
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JAWORSKI, Joseph. Sincronicidade: o caminho interior para a liderança. 4. ed. Rio de Janeiro: Bestseller, 2008.
LELOUP, Jean-Yves. O corpo e seus símbolos: uma antropologia essencial. 13. ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1998.
LIMA, Vivaldo da Costa. A família de santo nos candomblés jejes-nagôs da Bahia: um estudo de relações intragrupais. Salvador: Corrupio: 2. ed. 2003 [1. ed. Editora da UFBA 1977].
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WEIL, Pierre.  A mundança de sentido e o sentido da mudança. 2. ed. Rio de Janeiro: Record: Rosa dos Tempos, 2004.
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______. A Arte de viver em paz. Apoio UNESCO. São Paulo: Ed. Gente, 1993.
YAMARACYÊ, Sacerdotisa. O mestre iluminando consciências. São Paulo: Ícone, 2002.


[1] Crema, Roberto. Liderança em Tempo de Transformação, com Washington Araújo. Brasília: Letrativa, 2001

domingo, 12 de junho de 2011

Continuação do artigo - Sistemas Organizacionais de Almas e Angola - Parte 3

II – TRÍPLICE HIERARQUIA DO TEMPLO
A segunda hierarquia organizacional que existe dentro do ritual de Almas e Angola é a Tríplice Hierarquia do Templo, que existe em toda a religião de Umbanda, constituída pela (o): Sacerdotisa ou Sacerdote, Ogã – o responsável pelos instrumentos e cânticos durante as cerimônias e Cambone – a (o) responsável por servir (estar a serviço de) a sacerdotisa e as entidades incorporadas (ver Fig. 03).
Esses três cargos (Sacerdote – pai ou mãe de santo, Ogã e Cambone) são considerados os mais importantes dentro de um templo de Umbanda, haja vista serem os responsáveis pela manutenção energética, organização e harmonia durante uma sessão – gira (ver fig. 02)
Fig. 02 - Tríplice Hierarquia simplificada do Templo
Fonte: KRL
Atualmente, esta tríplice hierarquia tem-se perdido, ou melhor, modificada em função de uma nova sistemática que esta surgindo, para dar sustentabilidade ao processo de hereditariedade dos templos de Umbanda, principalmente dentro dos terreiros que praticam Almas e Angola. Esta nova sistemática surge em alguns casos específicos como família biológica como parte integrante da família-de-santo, isto é, a família biológica se une, agrega à família-de-santo. Nestes casos, percebe-se a presença de um dos membros da família biológica da sacerdotisa ou sacerdote junto à família-de-santo dentro do ritual, recebendo iniciações do santo, conduzindo-o ao processo sucessório, passando a exercer o papel de segunda pessoa do templo e exerce a função de co-coordenador das atividades ritualísticas, cabendo-lhe por responsabilidades, inclusive a de feitura de filhos-de-santo. Neste caso, forma outra família-de-santo dentro de família-de-santo original, porém todos subordinados à sacerdotisa principal do templo, como dela fossem filhos.
No processo da tríplice hierarquia emerge outro processo, a saber: quando o cônjuge do sacerdote ou sacerdotisa se torna pai ou mãe-de-santo, formando ele/ela também sua família-de-santo, mas assumindo posição de segunda pessoa na hierarquia, neste caso também, a subordinação é a sacerdotisa ou sacerdote principal, nesta situação não se observa o processo sucessório de forma clara, porém o processo sucessório natural leva afirmar a sucessão diante da nova liderança no conjunto geral da família-de-santo.
Uma deficiência atual, observada na tríplice hierarquia, é a falta de compromisso dos ogãs para com o templo e a sacerdotisa. Embora os Ogãs sejam preparados para exercerem a função de líder e responsável pelo equilíbrio e harmonia da casa, muitos não exercem essa liderança, refletindo a fragilidade de um templo.

Fonte: KRL - Tríplice Hierarquia do Templo
Fig. 03

III – HIERARQUIA DOS SETE GRAUS DE IMERSÃO
Como todo ritual e filosofia, Almas e Angola possui um codificador, o sacerdote Pai Evaldo d'Oxalá, filho-de-santo de Mãe Ida, e que dirigiu com muito zelo e honradez a Tenda Espírita Jesus de Nazaré, em São José/SC, até o dia de sua passagem, morte, desencarne.  Quando transcorreram os sete anos da obrigação de babalorixá de Almas e Angola, de pai de Evaldo, surgiu uma nova corrente filosófica dentro do ritual de Almas e Angola, abençoada por São Miguel Arcanjo, anjo responsável pelo ritual.  Observou-se que os que aceitaram esta transformação vibram energeticamente uma oitava acima dos outros, numa nova consciência, num novo padrão mental.
A Almas e Angola tem como objetivo desenvolver, aperfeiçoar e fortalecer as faculdades mediúnicas, o orixá, bem como ancorar o Anjo da Guarda e capacitar cada médium a percorrer os sete graus iniciáticos em direção ao seu crescimento espiritual para viver plena e conscientemente sua vida.
Para cada grau alcançado pelo filho-de-santo, forma-se uma hierarquia dentro do um templo de Almas e Angola. A terceira hierarquia do ritual de Almas e Angola é a que se compõe dos sete graus iniciáticos, a saber:
1ª iniciação ou grau: consagração das águas – batismo ou confirmação de batismo;
2ª iniciação: coroação de bori;
3ª iniciação: coroação para mãe ou pai pequeno – coroa pequena;
4ª iniciação: coroação de ialorixá ou babalorixá – coroa maior;
5ª iniciação: reforço de sete (7) anos da coroa de ialorixá ou babalorixá de Almas e Angola;
6ª iniciação: reforço de quatorze (14) anos da coroa de baba;
7ª iniciação: reforço de vinte e um anos (21) anos da coroa de baba – grau de tatalorixá.

Fig. 04 - Modelo codificado dos 7 graus de imersão
Fonte: KRL


IV – QUARTA HIERARQUIA: SACERDOTAL

Verifica-se a existência uma quarta hierarquia na ritualística chamada Sacerdotal. Esta quarta hierarquia é formada pelas pessoas pertencentes aos quatro últimos graus iniciáticos, que, após a feitura de ialorixá ou babalorixá o ou a médium pode iniciar seu caminho sacerdotal se desejar (ver fig.05). Com essa imersão já é possível “sentir o chamado” para abrir uma casa e exercer a vida sacerdotal.
Toda organização religiosa instituída tem o conhecimento da necessidade da instrução e formação sacerdotal, que nos seus primórdios, era passado de forma oral, de Mestre para discípulo. Para as instituições governamentais, a sacerdotisa ou sacerdote é o líder reconhecido oficialmente por uma comunidade, registrado em documentos oficiais das instituições religiosas como o sendo chefe, pai, padre, ministro religioso.
Desde o mundo antigo foram criadas escolas iniciáticas de preparo sacerdotal coletivo, onde seus mistérios são compartilhados pelo grupo.

 Na religião de Umbanda também há preparação dos médiuns, para que no futuro haja o despertamento para a missão do sacerdócio. Esses médiuns são preparados no mesmo ambiente, isto é, dentro dos terreiros pelos guias que o acompanham desde o início de sua caminhada mediúnica juntamente com a sacerdotisa da casa. Como não há uma escola própria para o estudo e a preparação do sacerdócio na ritualística de Almas e Angola, os médiuns recebem o conhecimento durante as iniciações, feitura-de-santo, dentro do templo e é igual para todos, sendo o despertamento do sacerdócio propriamente dito como um momento numinoso.
Ser sacerdotisa ou sacerdote, além de ser mãe de-santo ou pai-de-santo, é assumir muitas responsabilidades, tanto religiosa e espiritual, como social e fiscal, como exemplificamos a seguir:

·         Administrar o templo (pagar impostos - IPTU, IR, taxas – água, luz;
·         Ser responsável judicial e extrajudicialmente;
·         Celebrar e consagrar momentos especiais e ritos;
·         Doutrinar os adeptos
·         Orientar os seguidores
·         Orar em benefício de outrem;
·         Feituras de santo;
·         Zelar pela sua família-de-santo (filho, adepto, seguidor);
·         Capacitar os iniciados;
·         Participar de encontros dos Sacerdotes;
·         Promover a religião;
·         Ser referencia como Ser Humano (valores humanos, éticos, disciplinadores);
·         Ser conhecedor dos ritos, rituais, celebrações, filosofias, teosofia da religião;
·         Ser conhecedor da legislação que rege os sistemas organizacionais religiosos;
·         Outras atividades inerentes à função sacerdotal.

Fig. 05 – Graus iniciáticos
Fonte: KRL.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sistema Organizacional de Almas e Angola - Parte 2








I – HIERARQUIA ORGANIZACIONAL GENEALÓGICA
A primeira hierarquia do ritual de Almas e Angola é a família de santo – a Genealogia. A família-de-santo é o aspecto constitutivo da estrutura de rede do povo-de-santo, conforme conceitua Tramonte (2001)[1].
A ponta da pirâmide organizacional do ritual de Almas e Angola, no sistema genealógico, é a mãe Ida de Xangô – ver figura acima que representa a primeira formação genealógica da ritualística. Fonte: KRL
A família-de-santo começa pela mãe-de-santo ou o pai-de-santo, chefe do terreiro. Os filhos-de-santo são todos os que foram iniciados pela mãe ou pai-de-santo. Muitas vezes, esta linhagem se mistura com a linhagem biológica. Lima (1977), que analisou o sistema da família religiosa baiana, diz que entre os negros africanos, em situação de escravidão, a “linhagem-de- santo” não coincidia com a linhagem biológica, já que raramente era possível que esta fosse reconstituída no contexto escravista. Aponta, ainda, que foram raros os casos em que a linhagem da família se conservou, com alguma coerência estrutural, na organização dos terreiros da Bahia.
Segundo Tramante, as genealogias apresentam maior consistência do lado da linhagem religiosa, mais facilmente identificável dos que a biológica, fragmentada pelo sistema escravocrata. A partir destas considerações, pode-se imaginar a importância que assume a família-de-santo entre os adeptos das religiões afro-brasileiras, penetrando no vazio emocional e social deixado pela família biológica.
No ritual de Almas e Angola, a família-de-santo se forma da mesma maneira que todo ritual de origem africana de santo; além se considerar que os laços familiares constituem os elos da rede do povo-de-santo, unidos por meio da iniciação no santo. Os compromissos firmados por meio desses laços constituem compromissos aceitos com nas ordens iniciáticas em geral, porém, percebe-se que mais amplos no plano das obrigações recíprocas e muito mais densos no âmbito psicológico das emoções e do sentimento. São laços efetiva e afetivamente familiares. A mãe-de-santo é, para o filho-de-santo, é aquela que o recebe em gestação do santo, fazendo nascer novamente para uma nova vida religiosa, através das camarinhas, iniciações, imersões.
Na família-de-santo, a hierarquia, as normas, as punições e premiações são mais rígidas e mais definidas que na família biológica, cuja estrutura vive atualmente um momento de crise, com a dissolução dos antigos valores e a indefinição na construção dos novos. Na família-de-santo, as regras, as promoções, a hierarquia mantêm-se basicamente as mesmas ao longo do tempo. Segundo Tramonte, mesmo com a rigidez da família-de-santo, a “velha guarda da religião”, leia-se, os mais antigos “no santo”, queixem-se da ausência de “respeito e consideração” da parte dos mais jovens ao comparar a obediência dos jovens atuais com a que devotavam os filhos-de-santo de antigamente aos seus pais ou mães-de-santo. Muitas das tradições ainda se mantêm, apesar de menos rígidas.
Dentro da hierarquia da família-de-santo, forma-se com a mãe-de-santo, que é uma sacerdotisa em primeiro grau; vêm depois os filhos-de-santo, os netos, os bisnetos, os tataranetos.
Em Santa Catarina, Almas e Angola ficou conhecido quando a sacerdotisa Mãe Ida – Guilhermina Barcelos -, a pedido de seus guias espirituais, foi ao Rio de Janeiro com o intuito de se “fortalecer”, bem como ao templo que dirigia, já que o sacerdócio exigia conhecimento e sabedoria e naquela época, década 50, não havia curso de Teologia ou qualquer outro para subsidiar as orientações aos adeptos sob sua responsabilidade.
Ao retornar da cidade do Rio de Janeiro, readaptou o templo para praticar o ritual com o auxílio do Pai D'Ângelo que assumiu a zeladoria do axé. Os primeiros médiuns a receberem as “obrigações de santo” na nova ritualística pelas mãos de Mãe Ida foram: Aldo Cocoroca, Maria de Jesus Geraldo – a Bia de Obaluaê -, Telles de Xangô Afonjá, Valmor, Alci de Ogum, Carmem de Obaluaê, Evaldo de Oxalá. Outras médiuns também iniciadas foram a Maria da Glória de Obaluaê e Oxum, a Dina de Obaluaê e Iemanjá – que recebe a Vovó Rita (no Saco dos Limões), Erondina de Xangô. Quando pesquisamos as informações sobre os inícios da história da nossa nação [2], soubemos que estes nomes foram todos atribuídos pela mãe Ida, ainda em vida, a cada um dos iniciados. Mãe Ida é a precursora do ritual de Almas e Angola em Santa Catarina. Assim iniciou a primeira metodologia hierárquica do ritual de Almas e Angola, sendo a matriarca a ponta dessa pirâmide hierárquica.
Para formação da hierarquia genealógica temos como base a mãe Ida de Xangô (precursora) – 1º grau –, que teve seus filhos-de-santo, dentre deles o Pai Evaldo d’Oxalá – 2º grau –; que teve seus filhos (netos da mãe Ida), dentre eles mãe Hilca de Iansã – 3º grau –, que teve seus filhos (bisnetos da mãe Ida), dentre eles, mãe Dilma Ana de Iemanjá – 4º grau –, que teve seus filhos (tataranetos de mãe Ida), dentre eles mãe Tânia de Oxalá – 5º grau –, que teve seus filhos (tataraneto de mãe Ida) – 6º grau, e assim sucessivamente (ver fig. 01).
A descendência escreve Tramonte, constitui o principal patrimônio espiritual da família-de-santo. Afirma, ainda, que “são, portanto, motivo de grande prestígio social e religioso e reconhecimento público do líder. É o caso de Guilhermina Barcelos, a conceituada Mãe Ida, que cita com orgulho seu “parentesco de santo”. A longa e exaustiva lista de seus filhos-de-santo “feitos”, bem como as raízes de sua ascendência, é um signo marcante de sua ancestralidade “no santo” e, portanto, prova da solidez de sua formação dentro da tradição religiosa afro-brasileira.




[1] TRAMONTE, Cristiana. Com a bandeira de Oxalá: trajetórias, práticas e concepções das religiões afro-brasileiras na grande Florianópolis. Florianópolis: Ed. da UNIVALI, 2001.
______. Tecendo a rede urbana entre tradição e modernidade: a família-de-santo nas religiões afro-brasileiras. In: CONGRESO VIRTUAL DE ANTROPOLOGIA Y ARQUELOGIA, 3., 2002, Barcelona. Relação de Trabalhos. 2002. disponível no site: http://www.naya.org.ar/congreso2002/ponencias/cristiana_tramonte.htm. Acesso em: 15 jul. 2009.

[2]  Informações colhidas pessoalmente de Mãe Ida em 1996, pela autora, por ocasião da obrigação de 14 anos de ialorixá de Almas e Angola da mãe Dilma de Iemanjá, no TURI. Estas informações podem ser confirmadas no site de Clóvis Tupiniquim Barbosa (site: www.saocosmedamiao.com.br) e nos livros de Giovani Martins, cfr. ref. bibliográficas.