sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

MEDIUNIDADE... Tarefa, Profissão, Dom


É imperativo entender, compreender e saber que a mediunidade é um instrumento, um canalizador que visa mediar uma dimensão com outra. Toda pessoa sensitiva, que possui o Dom de mediar, que tem a sensibilidade de ver, ouvir, sentir ou manifestar de alguma forma, nessa atual dimensão, fez uma escolha de executar e desenvolver essa mediunidade, esse Dom e não foi um presente imposto por alguma divindade nem por Deus Pai Mãe, porque há a Lei do Livre Arbítrio que é uma Lei Divina, se houve um presente que você recebeu gratuitamente, este presente foi dado do seu Eu Superior para conduzi-lo no caminho do seu desenvolvimento espiritual. Isto é, o processo que leva a esta escolha vem do adiantamento espiritual de cada Ser, desenvolvido por várias outras dimensões e não é um carma ou um castigo como é comentado, é um Dom e um Dom é uma dádiva. Exercitar e praticar esta escolha, esta mediunidade nada mais é que estar sempre conectado com a Consciência Divina e usar este instrumento para e executar as tarefas pertinentes a expansão desta dádiva com muito zelo. A Lei do Livre Arbítrio acontece, neste caso, no momento que há a escolha, antes de se adentrar nesta dimensão, quando há que decidir em receber este ou aquele Dom. Servir como tarefeiro da Luz é exercer o Dom escolhido para a Profissão da Alma, para que esta alma se mantenha sempre alimentada e forte, imponderada. É beber na Fonte Divina permanentemente. Todavia o exercício da mediunidade exige do servidor encarnado, do ser humano uma postura ética, moral, disciplinar, de disponibilidade e dedicação.
Neste mesmo processo esta a mediunidade desenvolvida nos templos de umbanda, na vida no Santo.  Viver no Santo é muito simples. É santificar suas escolhas antes desta dimensão, é santificar sua própria vida em todos os momentos, em todas as atividades, em toda respiração no ato de inspirar e expirar.  Como é possível viver sem viver no Santo. Como deixar de santificar todas as tarefas, as emoções, os sentimentos, as escolhas, as decisões, os momentos de prazer e gozo. Se for possível tomar decisões, escolher o melhor caminho, a melhor jornada sem perguntar ao seu “Santo”, a sua força mais íntima e verdadeira do seu ser, sem conexão com o Divino é fadar sua escolha ao negativo, fazer uma escolha sem a Presença, sem o “Santo” é deixar de santificar sua própria vida.
Poucas pessoas percebem que seu ser faz parte da Vida de Santo. A percepção existente é que a Vida de Santo é experimentada nos templos que cultuam as Tradições de matriz Afro, existentes a mais de 5.000 anos, de certa forma isto é uma verdade, porque é nos templos que experimentamos a egrégora dos orixás condensadas por meio do toque, da dança e dos cânticos, inclusive por meio das ascensões dos iniciados.
Viver no Santo é estar inteiro completo e pleno com Ser Humano. Toda escolha, toda decisão deve estar alinhada ao que o Santo abençoa naquele momento para a vida.
É necessário conectar esta vida do Santo é compreende que não é uma obrigação a vida do Santo. É uma dádiva. A vida no Santo é querer estar abençoado, estar santificado, estar sagrado, estar fazendo sua missão acontecer. Que missão é essa. A missão é ser feliz. Ser feliz é estar se sentindo abençoado, ser parte do todo, ter a alma alegre, viver no conflito e permanecer em paz, é não estar em dramas nem manter padrões negativos, é viver otimista e dignamente para continuar ascender espiritualmente.

Viver no Santo, além do que já falamos também é uma profissão da Alma.

Profissão da alma escolhida para a vida é necessário escolher uma profissão para alimentar o corpo físico. Tarefa que deve ser executar também com muito zelo, entretanto não pode sufocar o tempo nem exigir mais que a profissão que alimenta a alma. Assim como quando se alimenta o corpo físico é necessário ter em mente que cada ceia deve estar dividida em três partes iguais para ser preenchido da seguinte maneira: 1\3 para o alimento sólido, 1\3 para o alimento líquido e 1\3 para o alimento vazio, para Deus como diz os antigos; o tempo profissão no físico também deve estar dividido em três partes iguais: alimento da alma, alimento do corpo e alimento do vazio.
O alimento da alma é exercitar as tarefas da profissão, do dom, da dádiva; o alimento do corpo é a atual “profissão” onde recebe seu provento, que às vezes pode ser a mesma profissão que a alma escolheu. Ser estudante também é uma profissão aos mais jovens. O alimento do vazio é o “ócio criativo”. É o momento onde não há nada o que se fazer. É o relaxamento sem compromisso. É o tempo que é criado para que haja o vazio.
Neste movimento da vida o prazer também deve ser entendido. O prazer da alma esta no êxtase encontrado no exercício do Dom onde em cada encontro, em cada servir, em cada entrega à Presença onde acontece o alimentar na Fonte por meio da conexão energética onde é proporcionado o néctar do prazer. O prazer do corpo esta no sexo aprazível e digno, na meditação, na entrega à vida honrada e amorosa, na execução de cada tarefa, na contemplação da vida em toda sua extensão, no deleite de cada momento, na mastigação de cada alimento.
É necessário entender que não é o comparecimento nos cultos diários, semanais ou mensais que fará sua vida de santo santificar sua vida terrena. É a Doação do propósito que originou a escolha em ter uma dádiva a ser compartilhada.
Estar fora desse movimento conscientemente é estagnação e estar ao contrario é regressão a um estado primitivo da alma.


 Axé de Paz e Luz!